“Vale do Açu tem a oportunidade de se consolidar como um grande motor econômico do Brasil, mas a luta pelo desenvolvimento sustentável precisa ser travada com responsabilidade”

setembro 29, 2024

* Advogado Jonaelson Galvão

Segundo informações que estão sendo veiculadas em vários portais de notícias do País, o Rio Grande do Norte, especialmente o Vale do Açu, está prestes a viver um novo ciclo de crescimento e desenvolvimento com a iminente exploração da Margem Equatorial pela Petrobras. Esse projeto audacioso coloca o estado no centro de uma transformação que promete não apenas fortalecer a economia regional, mas também elevar o Brasil a um novo patamar global no setor de petróleo e gás. Com a Petrobras no caminho de se tornar a segunda maior empresa de petróleo do mundo, a exploração dessa área pode gerar milhares de empregos, atrair novos investimentos e impulsionar o desenvolvimento de infraestrutura em todo o Vale do Açu e regiões adjacentes.

Somado a isso, o projeto de construção do Porto-Indústria entre Galinhos e Caiçara do Norte, com um aporte impressionante de R$ 111 bilhões, voltado para a exploração de hidrogênio verde, consolida o Rio Grande do Norte como protagonista na agenda global de energias renováveis. Esse empreendimento vai transformar o litoral potiguar em um importante polo industrial e logístico, projetando o estado para o cenário internacional no setor de energia limpa, além de trazer benefícios significativos para a geração de emprego, renda e progresso sustentável.

Entretanto, diante de tanto otimismo, é crucial que as lideranças locais e a população mantenham os olhos bem abertos e lutem para que as propostas do ICMBio, que visam a expansão da FLONA de Açu e a criação do Monumento Natural do Piató, não avancem. Essas propostas, se concretizadas, podem afastar os investidores da região de Assú, que veria sua economia local seriamente prejudicada com a perda de áreas produtivas e a limitação de atividades agrícolas e industriais. O desenvolvimento do Vale do Açu, com base no potencial da exploração de petróleo, gás e energias renováveis, depende de um equilíbrio cuidadoso entre preservação ambiental e o progresso econômico. Assim, é necessário garantir que as propostas do ICMBio não inviabilizem o futuro promissor da região.

O momento é de esperança e renovação, mas também de atenção e união. O Vale do Açu e todo o estado do Rio Grande do Norte têm a oportunidade de se consolidar como um grande motor econômico do Brasil. Contudo, a luta pelo desenvolvimento sustentável precisa ser travada com responsabilidade, garantindo que os investimentos floresçam sem comprometer o progresso da nossa gente.

Texto escrito pelo advogado Jonaelson Galvão



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