Setor cerâmico envia documento a direção da Flona se posicionando contrário à ampliação da área de proteção ambiental em Assú

outubro 27, 2024


Através de ofício enviado a diretoria da Floresta Nacional de Açu (Flona Açu), o Sindicato da Indústria de Cerâmica para Construção do Estado do Rio Grande do Norte, mostrou o posicionamento contrário à ampliação da área de proteção ambiental em Assú (RN). O documento também é assinado pela direção da Associação dos Ceramistas do Vale (Acevale).

No documento, a direção do sindicato diz que “embora sejamos a favor de uma gestão ambiental responsável, entendemos que essa iniciativa [ampliação da área de proteção ambiental] trará impactos negativos, significativos para a economia local e o desenvolvimento sustentável da região”.

Diz ainda que “o projeto, conforme apresentado, criará barreiras que prejudicam o pleno uso dos recursos naturais, essenciais para várias atividades econômicas, incluindo a indústria cerâmica. Essa indústria é um dos pilares econômicos do Vale do Açu, gerando empregos, renda e dinamizando à economia regional.

Para a direção do sindicato “a imposição de novas áreas de proteção pode dificultar o acesso à matérias-primas minerais e vegetais fundamentais, e comprometer a continuidade das atividades produtivas. Além disso, a expansão da área protegida poderá inviabilizar ou tornar excessivamente burocráticos os projetos voltados para a construção civil e para o setor energético. Isso é especialmente preocupante, dado que o Vale do Açu tem se destacado como um importante polo de energias renováveis no Brasil, atraindo investimentos que são cruciais para o desenvolvimento sustentável”.

O documento ressalta que “limitações regulatórias severas podem afastar esses investimentos e prejudicar o futuro econômico da região, além de comprometer à necessária transição energética. Entendemos ainda que a comunidade local, que será diretamente impactada por essa medida, manifestou-se majoritariamente contra a proposta. Portanto, solicitamos que o ICMBio leve em consideração a insatisfação coletiva e busque soluções alternativas que conciliem a preservação ambiental e o desenvolvimento econômico”.

No final do documento tem: “Defendemos que a proteção ao meio ambiente seja realizada de forma equilibrada, sem impedir o crescimento e o bem-estar da população do Vale do Açu. Assim, esperamos que o ICMBio reconsidere a proposta e encerre esse debate definitivamente, priorizando um diálogo que valorize tanto o meio ambiente quanto as necessidades socioeconômicas da região”.






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