O 'Ouro Negro' e os royalties

maio 07, 2008

A Petrobras extrai cerca de oitenta mil barris de petróleo por dia do subsolo norte-rio-grandense. São dois milhões e quatrocentos mil barris ao mês.

Ontem, dia 6, o preço internacional do barril bateu o recorde histórico e ficou na casa dos 122 dólares.

Já retumba nos meus ouvidos alguém dizendo... "Ahhh... Mas a Petrobras não vende toda sua produção por esse preço, pois é para o consumo interno".

Mesmo assim, pego a calculadora e faço umas continhas rápidas e chego ao seguinte resultado. A estatal – considerando esta cotação do barril – tem um faturamento mensal presumível de cerca de R$ 500 milhões.

Uma boa bolada.

No mês passado, o Rio Grande do Norte recebeu um repasse de R$ 27,4 milhões dos royalties referentes a produção de petróleo e gás natural. Ou 5,5 por cento do faturamento da Petrobras.

Analisando apenas pela questão faturamento presumível x royalties é pouco, pelo impacto ambiental aos solos e os transtornos causados. E analisando pela perspectiva que estamos falando de um recurso natural finito, ou seja, algum dia ele vai acabar e só vai restar a tábua de buracos. Sem os pirulitos.

Olhando o incremento que a atividade causa na economia da região e a geração de empregos diretos, 10 mil, e indiretos, estimados em 40 mil, a análise é outra.

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