Secretaria da Educação divulga nota “para que a população entenda o que realmente está por trás” da greve do Sinte
janeiro 31, 2014
A assessoria de
Comunicação da secretaria estadual da Educação divulgou nota intitulada ‘A
verdadeira pauta do SINTE’.
Confira a nota na
íntegra:
A verdadeira pauta do
SINTE
Apesar dos esforços em
três anos para repor direitos represados em gestões passadas, que representa um
reajuste salarial de 91,5% para professores ativos e aposentados, liberação de
promoções verticais e horizontais, quinquênios, licenças e aposentadorias,
reajuste da gratificação dos diretores de escolas, formação de comissão para
revisão do plano de cargos e convocação de 3.839 concursados, o SINTE/RN sempre
consegue encontrar motivos para fomentar suas contínuas práticas grevistas.
Para que a população
entenda o que realmente está por trás desse movimento, destacamos:
1. No segundo semestre de
2013, recomendada pelo Ministério Público, a Secretaria da Educação determinou
que 46 professores cedidos ao sindicato retornassem à sala de aula. A ação
revoltou os coordenadores da entidade, que tentou, sem sucesso, emplacar a
greve. Naquele momento, o movimento conquistou a adesão de apenas 400
professores e a paralisação não foi consolidada. O que a sociedade não sabe é
que a partir daí entraram em cena aqueles que historicamente estão por trás do
Sindicato, solicitando à Secretaria que ajudasse os coordenadores do SINTE a
encerrar a greve oficialmente, pois a oposição existente na própria entidade
estava querendo esticar a corda para aumentar o desgaste dos atuais
coordenadores.
Com o fracasso do
movimento, foi pedido que a Secretaria concedesse qualquer benefício que fosse,
para que o sindicato não saísse ainda mais desmoralizado do que já estava. Para
não prolongar a discussão e acabar de vez com a suposta greve, que embora
natimorta criava um clima de tensão nas escolas, a equipe da SEEC preparou uma
pauta com os benefícios que já estavam programados para serem concedidos pelo
governo neste início de 2014 e colocou à disposição do SINTE, para que os
coordenadores utilizassem como justificativa ao fim da greve, o que ocorreu.
Isso significa dizer que
a pauta que o sindicato cobra atualmente foi criada pela própria Secretaria e
está sendo cumprida dentro da sua programação. Logo, surge o questionamento
sobre o que realmente está por trás da greve.
2. A coordenação do SINTE
não aceita os processos administrativos por abandono de emprego que a
Secretaria abriu contra os professores cedidos à entidade que não retornaram
para sala de aula no prazo correto, assim como ainda cobra um número maior de
cessões para o sindicato, contradizendo o seu discurso oficial, de que as escolas
estão sem professores e que o governo deve contratar mais concursados.
3. Outro ponto oculto da
pauta que o sindicato cobra da Secretaria é o desconto em folha dos honorários
de seus advogados no pagamento das horas suplementares que os professores
recebem junto com os salários. Pelo acordo firmado entre o sindicato e seu
escritório jurídico, em um período de oito meses, a Secretaria da Educação
deveria descontar em folha, 20% das horas suplementares pagas aos professores
não sindicalizados, e 10% das horas suplementares destinadas aos professores
sindicalizados, fruto do reordenamento do terço da hora atividade realizado em
2013, judicializado pelo SINTE.
Ao ouvir a Procuradoria Geral do Estado, para proteger os professores, a Secretaria foi orientada a não descontar os valores, pois a autorização para o desconto deveria ser feita de forma individual, por cada professor, o que não ocorreu. Nesse sentido, a Secretaria não autorizou o desconto no pagamento das horas suplementares aos professores, o que mais uma vez desagradou a coordenação do SINTE. Contraditórios, os fatos levantam sérias suspeitas sobre os reais interesses da entidade, como defensora da categoria dos professores.
Ao ouvir a Procuradoria Geral do Estado, para proteger os professores, a Secretaria foi orientada a não descontar os valores, pois a autorização para o desconto deveria ser feita de forma individual, por cada professor, o que não ocorreu. Nesse sentido, a Secretaria não autorizou o desconto no pagamento das horas suplementares aos professores, o que mais uma vez desagradou a coordenação do SINTE. Contraditórios, os fatos levantam sérias suspeitas sobre os reais interesses da entidade, como defensora da categoria dos professores.
Por esses e outros
motivos, a Secretaria de Estado da Educação não reconhece a pauta da greve
deflagrada na última terça-feira (28) e garante que está concluindo o seu
compromisso assumido diretamente com os professores em repor tudo o que falta
de direitos represados há anos.
Natal, 31 de janeiro de 2014
Natal, 31 de janeiro de 2014
Secretaria de Estado da Educação
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