Delegado da Polícia Civil e ex-PM foram alvo da operação Tábua VIII

outubro 05, 2017

Publicidade
Parceiro anunciante
O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) realizou nesta quinta-feira, 5, a operação Tábua VIII. Promotores de Justiça cumpriram cinco mandados de busca e apreensão em residências de um delegado da Polícia Civil e de um ex-policial militar, suspeitos de envolvimento com os crimes de usura (agiotagem), lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Os mandados foram cumpridos nas cidades de Apodi e Caicó, e ainda em Sousa, na Paraíba. A ação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRN contou com o apoio do Gaeco paraibano e ainda das Polícias Militares do Rio Grande do Norte e da Paraíba.

A investigação do MPRN apura o envolvimento do delegado Renato da Silva Oliveira, da Polícia Civil potiguar, do ex-PM Benedito Arimatéia, e de mais outras três pessoas nos crimes. Os mandados foram expedidos por um colegiado formado por três juízes.

O MPRN começou a investigar os crimes a partir da cidade de Apodi, onde o delegado trabalha. Renato Oliveira também comanda a Divisão de Polícia do Oeste (Divipoe), com sede em Mossoró. Ele é suspeito de integrar uma organização criminosa dedicada à agiotagem e de lavar dinheiro decorrente dessa atividade. O mandado em Sousa, de onde é natural, foi cumprido em uma residência dele.

As buscas incluíram ainda a residência do ex-policial militar Benedito Arimatéia, também suspeito de integrar a organização criminosa e de atuar como agiota. Durante as buscas, foram apreendidos R$ 28 mil em espécie na casa dele, além de grande quantidade de cheques, cartões de crédito e notas promissórias em nome de terceiros.

O nome da operação faz referência à lei das Doze Tábuas do Direito Romano. A oitava tábua tratava dos crimes e das condutas ilícitas, sendo um dos mais antigos registros históricos da proibição da usura e anatocismo, que é a cobrança de juros sobre juros.


0 Comentários

Os comentários postados representam a opinião do leitor e não necessariamente do RSJ. Toda responsabilidade do comentário é do autor do mesmo. Sugerimos colocar nome no comentário para que o mesmo seja liberado. Ofensas não serão permitidas.