MPF consegue manter condenação de servidor do Ibama
março 26, 2018
Em decisão unânime, que acolheu o parecer do Ministério
Público Federal (MPF) na 5ª Região, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região
(TRF5) manteve a sentença que condenou o ex-chefe do escritório regional do
Ibama em Mossoró e a filha dele por improbidade administrativa. Francisco Linduarte Lopes e Francisca Lopes de Souza foram
condenados por fraudes na emissão de licenças ambientais para empresas
privadas. O caso foi descoberto pela operação Malha Verde, em 2012. O julgamento
ocorreu no TRF5.
Consta no processo, que o servidor Francisco Linduarte
Lopes, na condição de chefe da unidade, cedeu a sua senha de acesso ao Cadastro
Técnico Federal (CTF) para que a filha prestasse assessoria ambiental a empresas
que objetivavam a regularização perante o órgão. As apurações apontaram que
Francisca de Souza, com o intuito de conseguir clientela, argumentava que o seu
pai resolveria qualquer problema que surgisse no Ibama. Ela fraudou o sistema
do CTF para alterar datas de validade das licenças ambientais dos seus clientes
e manter a situação regular na instituição.
Sindicância realizada pelo Ibama concluiu que Francisco Linduarte
Lopes permitiu que a sua filha transitasse livremente e distribuísse o cartão
de sua empresa de assessoria nas dependências do escritório, bem como
utilizasse os computadores do instituto para lançar as informações das empresas
assessoradas, além de dar prioridade ao atendimento das solicitações de seus
clientes.
O TRF5 manteve as seguintes punições a Francisco Linduarte Lopes
e Francisca de Souza: suspensão dos direitos políticos pelo prazo de cinco
anos, pagamento de multa e proibição de contratar com o poder público ou
receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,
pelo prazo de cinco anos.
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