Henrique Alves no banco de réus por supostos desvios na Caixa e por ocultar transações no valor de R$ 4,6 milhões

julho 05, 2018


O juiz federal Vallisney de Oliveira abriu ação penal contra o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (MDB) pelo suposto crime de lavagem de dinheiro. O Ministério Público Federal em Brasília, no âmbito da operação Sépsis, que investiga o emedebista por supostos desvios na Caixa, aponta transações de R$ 4,6 milhões que teriam sido ocultadas pelo ex-parlamentar nos Emirados Árabes e no Uruguai.

A investigação aponta que Henrique Alves se associou ao também ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (MDB), ao ex-vice-presidente da Caixa Econômica, Fábio Ferreira Cleto, ao corretor Lúcio Bolonha Funaro e ao investidor Alexandre Rosa Margotto, “com o objetivo de obter vantagens indevidas na concessão de recursos oriundos do FI-FGTS e das carteiras administradas do FGTS, da Caixa para diversas empresas”. Esse esquema já foi denunciado e Henrique Alves é um dos corréus.

Desta vez, a denúncia é referente, especificamente, às transações financeiras que o ex-ministro e ex-presidente da Câmara dos Deputados executou para “encobrir a propina paga pela Construtora Carioca, uma das responsáveis pela obra Porto Maravilha, no Rio de Janeiro”.

Para o MPF/DF, Henrique Alves realizou transferências/movimentações eletrônicas de uma conta titularizada por uma offshore, da qual era beneficiário econômico, para outras contas sediadas em paraísos fiscais.

Na denúncia encaminhada nesta quarta-feira, Henrique Alves é acusado de “praticar outros delitos de lavagem de capitais, conexos àqueles, nos anos de 2014 e 2015”.

O advogado de defesa de Henrique Alves, Marcelo Leal divulgou nota em que afirma que “o recebimento da denúncia é um ato meramente formal realizado antes da apresentação da defesa”. O advogado afirmou que “Henrique é inocente e provará isso no curso do processo”.

Parceiro anunciante


0 Comentários

Os comentários postados representam a opinião do leitor e não necessariamente do RSJ. Toda responsabilidade do comentário é do autor do mesmo. Sugerimos colocar nome no comentário para que o mesmo seja liberado. Ofensas não serão permitidas.