TSE confirma cassação de prefeita e vereadores de Santa Cruz
dezembro 04, 2018
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acompanhou o
entendimento do Ministério Público Eleitoral e negou seguimento a um mandado de
segurança, confirmando a eficácia imediata da decisão tomada pelo TRE/RN no
último dia 27 e que resultou na cassação da prefeita e do vice de Santa Cruz,
Fernanda da Costa Bezerra (Dra Fernanda) e Ivanildo Ferreira Lima Filho
(Ivanildinho), bem como de seis vereadores do município, por prática de abuso
político com repercussão econômica. Todos devem ser imediatamente afastados dos
cargos.
As irregularidades – distribuição aos aliados da prefeita de
“cotas” mensais para aquisição de medicamentos com recursos públicos - foram
alvo de uma ação de investigação judicial do MP Eleitoral e ocorreram durante o
primeiro mandato da prefeita, intensificando-se nas vésperas das eleições de
2016. Ela fazia uso do contrato firmado pelo município com uma farmácia para
conceder vantagens a vereadores da base governista, aos quais se juntaram
outros aliados políticos com a proximidade das eleições.
Dentre os beneficiários também condenados estão os
vereadores Ana Fabrícia de Araújo Silva Rodrigues de Souza, a Aninha de Cleide;
Jefferson Monik Gonçalo Lima de Melo; Mário Augusto Ferreira de Farias Guedes;
Raimundo Fernandes Soares; Tarcísio Reinaldo da Silva; e Thiago Augusto Fonseca
Gomes, o Dr Thiago.
De acordo com as investigações, cada um dos beneficiados
tinha um limite mensal fixo de compras de medicamentos denominado “cotas”. A
dos vereadores era de R$ 900, enquanto para os demais aliados foram fixados
diferentes tetos de compra. O controle era feito pela drogaria em cadernos
específicos para cada “cliente”, nos quais eram anotados à mão os respectivos
consumos, com descrição de data/medicamente/valor. Se a cota não fosse usada
dentro do mês, era repassada para o mês seguinte e o limite foi extrapolado nas
proximidades das eleições.
A decisão do Tribunal Regional – que seguiu parecer do MP
Eleitoral - decretou, além da cassação dos diplomas e do afastamento dos
cargos, a inelegibilidade dos condenados por um período de oito anos. Outros
seis envolvidos foram condenados à inelegibilidade por igual período: Francisca
Frassinete Dantas Gomes e Marcos Antônio Gomes dos Santos (proprietários da
farmácia); Myllena Sanneza de Lima Bulhões Ferreira (secretária de saúde);
Sueli Gomes Crisanto Reinaldo (secretária de Finanças); Acrísio Gomes Júnior
(ex-vereador e pai do atual vereador Thiago Fonseca); e Genaro Fernandes da
Silva Filho.
................................................................................................................................................................
Parceiro anunciante
0 Comentários
Os comentários postados representam a opinião do leitor e não necessariamente do RSJ. Toda responsabilidade do comentário é do autor do mesmo. Sugerimos colocar nome no comentário para que o mesmo seja liberado. Ofensas não serão permitidas.