MPF obtém condenação de ex-prefeitos por improbidade administrativa
novembro 20, 2019
O Ministério Público Federal (MPF) obteve a condenação dos
ex-prefeitos de São Miguel (RN), Galeno Torquato – atualmente deputado estadual
– e Dario Vieira, por improbidade administrativa na gestão de recursos de saúde
repassados pela União ao município.
De acordo com a decisão da 12ª Vara da Justiça Federal no RN
(Subseção Judiciária de Pau dos Ferros), Galeno Torquato manteve o pagamento à Associação
de Proteção e Assistência à Maternidade e à Infância (Apami) de São Miguel –
mesmo após o fechamento da maternidade administrada pela associação, em 2009.
Os serviços foram transferidos irregularmente ao hospital público municipal,
sem comprovação de sua continuidade. Dario Vieira manteve os repasses durante
sua gestão, até meados de 2014.
Na Ação de Improbidade Administrativa (AIA), o MPF destaca
que o então prefeito Galeno Torquato passou a controlar a Apami entre outubro e
novembro de 2009, com a nomeação da mãe, namorada e irmã de criação, entre
outros aliados políticos, para a diretoria da associação. Com o fechamento para
reforma da maternidade Dom Eliseu Mendes, administrada pela Apami, o deputado
firmou acordo ilegal para suposta prestação dos serviços no hospital municipal
Áurea Maia de Figueiredo. No período, foram repassados mais de R$ 1,15
milhão de recursos federais.
Para o MPF, o acordo gerou somente a transferência de alguns
funcionários para o hospital, com o objetivo de encobrir a ausência de
atividade da associação privada. O próprio deputado assinou, como médico,
várias Autorizações de Internação Hospitalar (AIHs), com o objetivo de
justificar os repasses.
De acordo com a decisão judicial, a Apami “se beneficiou com
o complemento dos seus serviços por meio da estrutura do hospital municipal,
sendo assim remunerado com recursos públicos por serviços que de fato não
realizou ou que realizou com o auxílio público”.
Também foram condenadas Maria de Lourdes Torquato – mãe do
deputado – e Márcia Cristina Vidal, que assumiram cargos na secretaria
municipal de Saúde e na Apami, além de Roberto Wagner Pereira, que foi
secretário municipal de Administração, Finanças, Planejamento e Orçamento. A
sentença determina o pagamento de multa e proibição de contratar com o poder
público e suspensão dos direitos políticos por cinco anos. Os réus ainda podem
recorrer da decisão.
3 Comentários
ixe teve exprefeito q a presão foi la pra cima kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirfoi kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirArmaria, bem dizer uma organização criminosa. Pelo visto, o chefe maior, é o deputado Galeno Torquato. Como se não bastasse o político corrupto, o médico complementou o crime assinando internação falsa. Nojo!!!
ResponderExcluirOs comentários postados representam a opinião do leitor e não necessariamente do RSJ. Toda responsabilidade do comentário é do autor do mesmo. Sugerimos colocar nome no comentário para que o mesmo seja liberado. Ofensas não serão permitidas.