O ‘preço’ de uma carona
novembro 17, 2019
O ‘preço’ de uma
carona
‘Causo’ escrito por Manoel
Lourenço *
Muitos aqui conhecem ou pelo menos já ouviram falar do poeta
ONÉSIMO MAIA.
Não era, na verdade, dono de uma bela voz, mas um exímio
improvisador.
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Era difícil não achar graça com suas tiradas. O vi pela
última vez aqui em Mossoró em Neto da panelada, no mercado central, degustando
uma papelada, juntamente com um companheiro com quem fez dupla numa
apresentação de violeiros na Europa; acho que em Portugal.
Onésimo, nesse dia, já esboçava uma entrega de pontos, ele
tinha câncer de estômago e nesse dia já falava que tinha consciência da
dificuldade de sua cura. Ele até fez uma cancão em forma de despedida que ficou
sob a responsabilidade de interpretação do poeta Edízio Calixto, uma espécie de
especialista em interpretar canções.
Onésimo era sinônimo de alegria nas rodas de amigos. Eu tive o prazer de ser protagonista de uma de suas brincadeiras.
Outro dia ao dirigir-me a Serra do Mel, onde eu trabalhava, ao pegar a BR 110 ele me pediu pra ir até a comunidade Sussuarana, zona rural de Mossoró, onde iria acertar uma cantoria.
Evidentemente, que o conhecimento me fez levá-lo até o seu destino. Fomos conversando sobre os poetas e ele sempre contando coisas engraçadas.
Ao chegarmos em João do Baião, à epoca, comerciante naquela comunidade, ele pediu parar eu parar, desceu, arrodeou pro lado do motorista e veio se despedir.
- Amigo, quanto foi a passagem?
Claro que eu respondi que ele não devia nada, quando ele soltou essa:
Onésimo era sinônimo de alegria nas rodas de amigos. Eu tive o prazer de ser protagonista de uma de suas brincadeiras.
Outro dia ao dirigir-me a Serra do Mel, onde eu trabalhava, ao pegar a BR 110 ele me pediu pra ir até a comunidade Sussuarana, zona rural de Mossoró, onde iria acertar uma cantoria.
Evidentemente, que o conhecimento me fez levá-lo até o seu destino. Fomos conversando sobre os poetas e ele sempre contando coisas engraçadas.
Ao chegarmos em João do Baião, à epoca, comerciante naquela comunidade, ele pediu parar eu parar, desceu, arrodeou pro lado do motorista e veio se despedir.
- Amigo, quanto foi a passagem?
Claro que eu respondi que ele não devia nada, quando ele soltou essa:
- Num da pra você fazer um menos, não?
* Manoel
Lourenço, técnico agrícola aposentado e atualmente um contador de 'causos'
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