Conselho Municipal de Saúde de Assú vai sugerir a prefeitura medidas mais rígidas de controle da Covid-19 e entre elas tem a implantação de ‘quarentena rígida’ (lockdown) e toque de recolher

junho 02, 2020

Na noite desta segunda-feira membros do Conselho Municipal de Saúde de Assú participaram de uma reunião para definir medidas mais rígidas de combate ao Covid-19 e que serão sugeridas ao executivo municipal.

O RSJ procurou informações sobre o resultado da reunião e um dos conselheiros que participou do encontro revelou que entre as recomendações tem a implantação de quarentena rígida - o chamado lockdown -, com o fechamento de todos os serviços não essenciais durante quinze dias. Essa medida tem o objetivo de atingir, no mínimo, 60% de isolamento social, e conter o ritmo de contágio pelo coronavírus, que até esta segunda-feira já infectou 129 pessoas e provocou seis mortes no município.

Outra preocupação revelada pelos participantes da reunião foi a ocupação dos leitos de UTIs no estado do Rio Grande do Norte, que já atingiu 100% em algumas unidades hospitalares.

No entendimento dos conselheiros, quando as medidas de distanciamento social não estão surtindo o efeito desejado, não permitindo que o sistema de Saúde consiga se recuperar para absorver, da melhor maneira possível, a demanda, a medida necessária é a suspensão total de atividades não essenciais com restrição de circulação de pessoas, medida conhecida como lockdown.

Outras sugestões a serem apresentadas em documento a ser encaminhado a prefeitura são a intensificação das barreiras sanitárias nos principais acessos do município; instituir o toque de recolher no município, e a proibição da venda de bebidas alcoólicas.

Os conselheiros consideram que as medidas mais brandas de isolamento social fracassaram e manifestam preocupação com o intenso fluxo de pessoas nas ruas e estabelecimentos do município.

Com a deliberação de ontem, agora o conselho buscará o Ministério Público e o executivo municipal para viabilizar a efetivação das medidas discutidas.

Outro tema discutido foi a implantação de atividades conjuntas entre a Vigilância Sanitária e a secretaria municipal de Assistência Social. No entendimento dos conselheiros, com o fechamento de estabelecimentos, a prefeitura, através da pasta de ações sociais, deve proporcionar algum incentivo ou apoio a essas pessoas.
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2 Comentários

  1. Anônimo2/6/20 13:57

    Vá dizer a um pai e mãe de família que eles têm que passar 15 dias em casa sem correr atrás do mínimo que é a alimentação. Tem que entender que muitas pessoas trabalham o dia para poder comer à noite e sob nenhuma hipótese pode se dar o luxo de se afastar de suas atividades (aquelas ditas não essenciais).
    O Conselho poderia, pelo menos, “aconselhar” o “prefeito quarentena” para não dar férias a secretária de saúde em plena pandemia. Por sinal, ela falou que sairia no final de maio e não houve exoneração e sim férias.
    Cícero Martins

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  2. Anônimo2/6/20 21:46

    Saibam todos que implantar o lockdown é acobertar a falta de ações concretas e robustas por parte da péssima gestão de um médico que não cuida de gente. O Conselho de Saúde sempre caminhando lado a lado com a gestão e não fazendo nada ou mostrando serviço.
    Felipe S.

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