Governo do RN realiza estudos para novo porto que viabilizará usinas offshore

dezembro 23, 2020

O Governo do RN discute a instalação de infraestrutura para atrair investimentos e usinas de produção de energias renováveis offshore (no mar) do Rio Grande do Norte. Estudos já realizados apontam o litoral do RN como a área mais viável em todo o país. As condições geográficas e de vento superam outros estados e regiões. Este assunto foi discutido nesta quarta-feira pela governadora Fátima Bezerra com os secretários estaduais do Desenvolvimento Econômico, Jaime Calado, da Infraestrutura, Gustavo Coelho, da Tributação, Carlos Eduardo Xavier e com o professor e pesquisador da UFRN, Mario González, que coordena grupo de trabalho naquela instituição.

Para Fátima Bezerra existe a necessidade de dar continuidade ao trabalho iniciado pela Sedec com a finalidade de criar infraestrutura portuária para o estado.

A instalação de parques eólicos offshore exige área portuária que possa servir também como área de produção de equipamentos para as torres. Isto é necessário devido à dificuldade de transportar componentes das usinas, como as torres e pás dos aerogeradores que podem medir até 260 metros de comprimento, o que dificulta e onera o transporte por via terrestre.

O secretário da Sedec, Jaime Calado, destacou a instalação de um novo porto como "fundamental e estruturante para o RN. Estamos diante de uma nova fronteira econômica para o Rio Grande do Norte com o offshore. Ele explicou que já há um grupo de trabalho, com participação do Idema, para definir a melhor localização e modelagem para o porto.

Especialista e consultor em energia, o senador Jean Paul Prates também participou da reunião, no auditório da governadoria, e disse que nos próximos 10 anos o RN se apresenta como detentor das melhores condições para empreendimentos offshore do país e do mundo. Ele acrescentou: "Temos condições geográficas e climáticas. Precisamos definir a melhor localidade e a viabilidade do porto ser multiuso".

O professor Mario Gonzales reforçou a vantagem competitiva do RN: "Em terra nosso vento já é bom, no mar, melhor ainda".

A empresa chinesa Mingyang demonstrou interesse em investimentos em energia eólica offshore no RN e na instalação de uma fábrica de componentes (inicialmente onshore) no Brasil. Em reunião com a governadora, o vice-diretor da empresa, Larry Wang, confirmou o interesse na instalação de projeto-piloto de 50 a 100 MW na costa potiguar no próximo ano, e projeto de 2 GW em até 5 anos.

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