Em audiência pública, mãe de criança autista desabafou: “Muitas mães têm seus filhos segregados... Não aceitem, denunciem... E lembrem-se: direito não é favor; desistir não é opção”
abril 29, 2023A Assembleia Legislativa promoveu nesta sexta-feira, 28, na Câmara Municipal de Assú, uma audiência pública para debater a necessidade de se difundir mais conhecimento e combater o preconceito a respeito das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O evento marcou o encerramento do ‘Abril Azul’, mês dedicado à causa do autismo.
Foto: Eduardo Maia |
Durante a audiência várias pessoas se pronunciaram sobre o assunto, como os deputados Kleber Rodrigues (PSDB) e Neilton Diógenes (PL); secretária de Saúde de Assú, Kécia Maia; Gabriela Cabral, membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB/Assú e mãe de uma criança autista; Thaís Patrícia, presidente da Amaava (Associação de Mães e Amigos dos Autistas do Vale do Açu); a representante da Apae Brasil no RN, Tâmara Soares; vereadora e presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Assú, Lucianny Guerra; a vice-prefeita de Assú, Fabielle Bezerra.
Gabriela Cabral, mãe de uma criança autista, disse na audiência que “a associação [Ammava] só existe há três anos, mas já é tão necessária para os nossos filhos quanto o ar que respiramos. Se não fosse pela Amaava os nossos filhos não teriam oportunidade de se desenvolver. Além disso, quantas vezes nós precisamos desabafar e somos tão bem acolhidas pela equipe de Psicologia da instituição?”.
Ao final da sua fala, Gabriela, emocionada, desabafou: “Muitas mães aqui têm seus filhos segregados, mas não deixem isso acontecer, porque a inclusão é um direito de vocês. Não aceitem, denunciem, busquem o Ministério Público, a OAB. E lembrem-se: direito não é favor; desistir não é opção”.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por algum grau de dificuldade na interação social e na comunicação. Nem todos os autistas têm a necessidade de apoio constante, e vários podem ter uma vida independente.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma a cada 100 crianças no mundo tem o transtorno. Quanto mais cedo o diagnóstico, melhores as oportunidades de desenvolvimento.
0 Comentários
Os comentários postados representam a opinião do leitor e não necessariamente do RSJ. Toda responsabilidade do comentário é do autor do mesmo. Sugerimos colocar nome no comentário para que o mesmo seja liberado. Ofensas não serão permitidas.