O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, esclareceu nesta terça-feira, 16, várias polêmicas levantadas por parlamentares de oposição durante quatro horas de audiência na comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados.
A maioria dos questionamentos era relativa à fuga de dois integrantes do Comando Vermelho do presídio de segurança máxima de Mossoró (RN), ocorrida em 14 de fevereiro.
Os fugitivos foram recapturados em uma operação que custou cerca de R$ 6 milhões. O ministro admitiu que o presídio de Mossoró tinha projeto ultrapassado, padrões de segurança pouco rigorosos e fadiga de material.
Também apontou relaxamento e quebra dos protocolos de segurança e falha nas revistas diárias.
Segundo Lewandowski, a fuga deixou lições e não se repetirá mais. “Fui surpreendido com essa fuga, que foi absolutamente excepcional e inusitada. Garanto: foi a única e será a última. Nós temos hoje quatro funcionários afastados e dez processos administrativos disciplinares abertos. Havia, na época, 29 policiais de plantão, que foram substituídos. E nós aumentamos o quantitativo de policiais penais, que hoje montam a 276 servidores”.
Inquéritos policiais investigam o apoio externo que os fugitivos receberam durante o que o ministro chamou de “comboio do crime”. Lewandowski anunciou o reforço de câmeras de monitoramento, muralhas e cursos de capacitação em todos os presídios de segurança máxima do país e acrescentou que o retorno dos fugitivos para o mesmo presídio em Mossoró demonstra a confiança na atual estrutura da penitenciária.
Com informações da Agência Câmara de Notícias.
- abril 17, 2024
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