O ex-presidente Bolsonaro estará no Rio Grande do Norte nesta quinta, 15, e sexta-feira, 16.

Na agenda da sexta-feira está prevista a passagem dele, no final da tarde, em Assú. Vai fazer uma carreata e um pronunciamento rápido, antes de ir para Mossoró.

Desde que foi confirmada a presença de Bolsonaro na cidade, começaram os comentários de quem iria subir no palanque: Dra. Vanessa? Dr. Lula? Ou apenas militantes e candidatos do PL?

Esse rabiscador vem observando que muitos apoiadores, tanto da situação como da oposição, não querem que seu candidato chegue perto de Bolsonaro. Motivo: para não perder voto.

Um apoiador bastante ligado a cúpula da situação chegou a comentar em grupo de whatsapp que ‘ninguém quer o apoio de Bolsonaro, porque nosso grupo votou e vota em Lula’.

As reações foram imediatas:

‘Estão expulsando o PL do barco?’

‘Isso quer dizer que não querem o apoio do PL?’

Até mesmo correligionários não concordaram com a afirmação do apoiador:

‘Você expulsou o PL com uma dessa!!! Lascou o pastor, o neto do pastor...’

Apoiadores de Dr. Lula que sugerem que Dra. Vanessa vá ao encontro de Bolsonaro recebem a seguinte pergunta: “Por que ela ir?”. A resposta é: “Porque ela votou nele”.

Uns defendem que esse evento é articulação do PL local. Ou seja, só eles devem participar.

Mas, nem para isso existe unanimidade. Tem bolsonaristas raiz que afirmam que, com a aliança PL/PT, não vão participar do evento.

Nos bastidores tem comentários que alguns desses bolsonaristas, com a aliança - mesmo que informal -, do PL com o PT em Assú, vão expor faixas em frente ao palanque de Bolsonaro para denunciar essa união.

Outros bolsonaristas, nas redes sociais, ameaçam não votar mais em Rogério Marinho, General Girão e Coronel Azevedo no município de Assú.

Realmente, essa passagem de Bolsonaro em Assú não tem unanimidade em canto nenhum.

Ainda pensando com meus botões, quem realmente vai se beneficiar com essa presença de Bolsonaro na cidade? A resposta veio rápida: o próprio Bolsonaro, que já está em campanha para fortalecer seu nome para as eleições de 2026.

Apenas para relembrar aos leitores o resultado, em Assú, das eleições presidenciais de 2022. No primeiro turno, Lula obteve 24.909 votos (72,43%). Já Bolsonaro alcançou 7.671 votos (22,3%). Uma maioria a favor de Lula de 17.238 votos. No segundo turno a maioria a favor de Lula se ampliou, indo para 17.275 votos. Foram 26.088 votos para Lula e 8.733 votos para Bolsonaro.

Mais uma pesquisa de intenção de voto no município de Assú foi registrada.

O instituto Item registrou pesquisa com o número RN-05023/2024.

A previsão de divulgação é para segunda-feira, 19 de agosto.

Estão sendo realizadas 500 entrevistas.

Esse rabiscador acessou o questionário. Confira:

A assessoria do candidato à prefeito de Assú, Dr. Lula (Republicanos), foi rápida em se pronunciar sobre a manifestação ministerial assinada pela promotora de justiça Fernanda Bezerra Guerreiro Lobo, da 29ª Zona Eleitoral, em Assú (RN), que diz que “se verifica que o Requerente não apresentou prova da desincompatibilização...”

Na manifestação do MP Eleitoral (veja matéria anterior) tem “que, em consulta ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, no dia 07/08/2024, o Ministério Público Eleitoral identificou que o Sr. Luis Eduardo Pimentel Soares possui um vínculo ativo como Diretor Administrativo lotado na Secretaria Municipal de Saúde do Município de Assu/RN...”

Abaixo, documento recebido por esse rabiscador, que na opinião da assessoria de Lula Soares, sana a questão levantada pelo MP Eleitoral. O documento é datado de 3 de abril de 2023:

O Rabiscos do Samuel Junior comenta: vamos acompanhar os desdobramentos dessa manifestação do candidato Dr. Lula.

Manifestação ministerial assinada pela promotora de justiça Fernanda Bezerra Guerreiro Lobo, da 29ª Zona Eleitoral, em Assú (RN), sobre pedido de registro de candidatura de Luis Eduardo Pimentel Soares, Lula Soares, ao cargo de prefeito do município de Assú (RN), diz que “se verifica que o Requerente não apresentou prova da desincompatibilização, nos termos do art. 1º, inc. II, alínea “l”, da Lei Complementar nº 64/1990 c/c o art. 27, inc. V, da Res. TSE nº 23.609/2019”.

Na manifestação tem que “verifica-se que o Requerente é servidor público municipal no Município de Currais Novos. Nesse caso, sabe-se que a jurisprudência eleitoral dispensa a apresentação da prova de desincompatibilização, posto que o município onde o ainda pré-candidato irá disputar as eleições é diverso daquele em que é servidor público”.

E continua: “Ocorre que, em consulta ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde , no dia 07/08/2024, o Ministério Público Eleitoral identificou que o Sr. Luis Eduardo Pimentel Soares possui um vínculo ativo como Diretor Administrativo lotado na Secretaria Municipal de Saúde do Município de Assu/RN... E, nos termos do art. 1º, inc. II, alínea “l”, da LC nº 64/90, os servidores públicos devem se afastar de suas atividades até 3 (três) meses antes do pleito eleitoral para que possam nele concorrer”.

Prossegue a promotora em sua manifestação: “No entanto, o Requerente se limitou apenas a declarar, no formulário do RRC, que “não ocupou nos últimos 6 meses cargo em comissão ou função comissionada na administração pública”, deixando, porém, de anexar documentação comprobatória, o que é exigido pelo art. 27, inc. V, da Res. TSE nº 23.609/2019: Art. 27”.

Finaliza a manifestação: “ Diante do exposto, e considerando que a Resolução nº 23.609/2019-TSE prevê a possibilidade de intimação do partido, coligação ou candidato para sanar a irregularidade (leia-se, “qualquer falha, omissão, indício de que se trata de candidatura requerida sem autorização ou ausência de documentos necessários à instrução do pedido”) no prazo de 03 dias, podendo a intimação inclusive ocorrer de ofício pelo Judiciário Eleitoral (art. 36, caput e § 1º), não dependendo, assim, de ação de impugnação para isso, vem o Ministério Público Eleitoral manifestar-se pela conversão do feito em diligência, para que seja procedida a intimação do Requerente ou de sua Coligação”.

Desde a quarta-feira da semana passada que o cargo de secretário de Governo da prefeitura de Assú estava vago.

Mas, enfim, ‘habemus’ (nós temos) secretário!!!

Manoel Plácido Filho foi nomeado para o cargo nesta terça-feira pelo prefeito Gustavo Soares.

Antes ele ocupava o cargo de secretário Adjunto de Desenvolvimento Econômico.